A interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, em Itapebi, deveria ter sido acompanhada de um planejamento responsável. No entanto, o que se viu foi a improvisação de um desvio em estrada de chão, transformando Santa Maria Eterna, distrito de Belmonte, em palco de sofrimento.
A cada carreta que passa, a poeira sobe e toma conta do ar, das casas e da vida dos moradores. O que deveria ser solução virou tormento.
Nesse cenário, o prefeito Iêdo Elias (PSD) se tornou a voz da indignação popular. Incomodado com a postura do Dnit, que insiste em oferecer apenas carros-pipa como medida, o gestor elevou o tom. Ele cobra pavimentação imediata, lembrando que a saúde da população está em risco.
“Quando chove, é lama. Quando faz sol, a poeira sufoca. Não é possível que o Dnit não veja isso”, disse Elias, reforçando que a omissão já lota os postos de saúde.
A estrada em questão, vale destacar, não foi feita para a comunidade, mas para atender aos interesses da Veracel, empresa de celulose que usa a região como corredor logístico. Agora, com o desvio, os moradores ficaram abandonados, respirando a poeira da ganância.
Enquanto o Dnit fala em estudos e prazos burocráticos, o prefeito mostra ação e presença. Já participou de reuniões em Salvador, cobrou na Assembleia Legislativa e segue denunciando o problema. Sua postura contrasta com a passividade de quem deveria resolver.
Belmonte sofre, mas também demonstra orgulho de ter um gestor que não se esconde. Iêdo Elias tem transformado a poeira em símbolo de luta, lembrando que governar é cuidar de gente — não de papéis e protocolos.
Se a ponte ainda não foi reabilitada, a voz do prefeito já se tornou ponte entre o povo e as autoridades, exigindo respeito para uma comunidade que não pode mais esperar.
